quarta-feira, 9 de março de 2011

Capítulo 10 - Pra uns tragédia. Para outros comédia.

*Modo comédia: OFF*
*Modo dramático : ON*

-Eu não posso morrer.
-Eu não posso morrer.
-Eu não posso morrer - repetia Adam beirando a inconsciência enquanto despencava do avião em direção a mata. Ele sabia que não sobreviveria a uma queda daquelas, sabia também que seu ferimento era muito grave, grave o suficiente para tirar qualquer concentração que ele precisasse para se teleportar. Sua visão turva mal notava o avião se distanciando cada vez mais. Por um instante ele fechou os olhos e desistiu , por um instante ele se deixou levar pela morte.

...

Mas só foi por um instante. Pois algo o prendia ao mundo, algo dava razão a sua vida. Algo precisava ser feito antes que ele pudesse morrer. E não, não era salvar o mundo nem nada do tipo, ele apenas queria falar com uma pessoa. Essa era a razão da sua vida.

- Eu não posso morrer, não antes de poder falar com ela, sem poder esclarecer as coisas. Não antes de dizer que eu a amo. Não posso morrer sem antes falar com ...

*desmaia*

Adam finalmente perde os sentidos, havia perdido muito sangue além de estar debilitado para tudo aquilo. Talvez aquele fosse o seu fim. Talvez fosse.

...
modo dramatico: OFF
modo comedia: ON

No Hospital João Alves Filho

      Todos estão no estacionamento presenciando a separação das duas partes do avião. Uma parte ainda sobrevoa bastante indo cair na Aruana e outro cai proximo ao conjunto Santa Lúcia.
Kiko se aproxima de todos e diz com um olhar sério e determinado:
-Temos que ir lá.
Raposa se vira para ele espantado e fala:
-Como é? Ninguém vai lá. Os caras caem no fim do mundo e você quer inventar de ir lá?
Kiko se vira e diz:
-Sim, ainda podem haver sobreviventes e é nosso dever ir lá resgatá-los. Você que é o diretor do Hospital que devia saber.
Raposa diz:
-Aff! Essa historia de novo? Bote logo no Fantástico então que eu não fui resgatá-los. Ligue pra Bareta, pra Gilmar Carvalho! Esse pessoal num deixa escapar nada mesmo!!! Pois bem, se alguém que caiu do avião, que ligue para o 192 e eu mando uma ambulância para lá. Do contrário, eu não arriscarei ninguém e isso é uma ordem.
O coadjuvante vilão observa a discussão dos dois e se intromete servindo como a consciência de Raposa, tentando convencê-lo a ceder:
-Mas raposa, pode haver alguma mulher bonita para você ir lá dar uma cantada. Pense, você chegando lá , dizendo que é o herói , que vai salvar a vida dela e todos aqueles galanteios que elas adoram ouvir nessas horas.
Uma veia na testa de Raposa começa a pulsar, ele pensa , pensa, e então balança a cabeça afirmativamente consigo mesmo e diz:
-Voces irão então. Você e Kiko, e eu chamarei uma amigo de confiança para ir com vocês. - explica Raposa
- Quem?! - falam Kiko e o coadjuvante vilão ao mesmo tempo.
- Espere, vou lá buscá-lo - fala Raposa entrando no hospital e logo após num banheiro.
Lá dentro , ele tira o bigode, a barba falsa, a falsa barriga , o olho falso, tira a peruca, faz a barba falsa, tira as unhas falsas e troca de roupa, saindo completamente diferente e vai até eles ofegante.
- Sou eu , eu sou o amigo de Raposa que irá com vocês galantear, digo, salvar as meninas do avião. E meu nome também é Raposa , podem me chamar assim.
Os dois olham estranho para ele com aquela cara de "quem você acha que está enganando?".
- Er... eu sou irmão dele, e temos o mesmo nome e somos muito parecidos - diz Raposa tentando disfarçar.
- E cadê o Raposa de verdade? - diz o coadjuvante vilão com uma sobrancelha levantada.
- Ele está ocupado e me mandou vir sozinho, agora deixem de problemas, pois eu sou o diretor desse hospital - grita Raposa.
- Mas o diretor é o outro raposa.- explica Kiko
- Er.. olhem uma ambulância 4X4, turbinada com Nitro e motor 7.0!!! - fala raposa apontando para uma ambulância da Samu, toda estilizada com pinturas de chamas do lado
- Pelos deuses, aquela é a ambulância para acidentes de queimados! - diz Kiko empolgado
O coadjuvante vilão olha estupefato e diz:
- Aquilo ali é pra quê? Causar trauma em quem acabou de ser queimado eh?
- Fui eu mesmoquem a pintou - fala Kiko orgulhoso de si mesmo
- Eu sei que vou me arrepender de dizer isso, mas vamos lá Kiko, temos que chegar o mais rápido possível lá - fala raposa cuidadosamente
Kiko corre até a ambulância e entra pela janela, tal era sua gana de correr com aquela ambulância. Raposa também entra. O coadjuvante vilão pega alguns remédios para o coração e para queimaduras e tambem entra.

*liga o carro*

-Vamos embora!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - grita Kiko

....

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